“No começo da noite caiu uma carga de água. Também as nuvens pretas logo depois desapareceram do céu e as estrelas brilharam, brilhou também a lua cheia. Pela madrugada, os Capitães da Areia vieram. O Sem-Pernas botou o motor para trabalhar. E eles esqueceram que não tinham lar, nem pai, nem mãe, que viviam de furto como homens, que eram temidos na cidade como ladrões. Esqueceram tudo e foram iguais a todas as crianças, cavalgando os ginetes do carrossel, girando com as luzes. As estrelas brilhavam, brilhava a lua cheia. Mas, mais que tudo, brilhavam na noite da Bahia as luzes azuis, verdes, amarelas, vermelhas, do Grande Carrossel Japonês.”
- Capitães de Areia, de Jorge Amado.
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