quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Sol horizontal, do meu quintal




FOTOs E "AI-CAI MUDERNO", DE AUIRA ARIAK.







A bola, acesa, rola
Entre os fios de eletri/cidade
A palmeira aponta o caminho inverso.


quarta-feira, 7 de novembro de 2007

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Um desafio

É escrever depois de ter perdido um pen drive com o trabalho de uma semana...
Ai. Escrever T-U-D-O de novo. 5 programas de rádio interinhos... Tudo bem, mais quinze páginas até sexta-feira. E amanhã que é quinta tô eu lá tendo que dar uma aula de multimídia descente para um grupo de jovens de Caçapava.
E esses 5 programas... Ai. Tudo de novo... O carinha da Lan House, Felipe o nome dele, eu acho que foi ele.
Bom. Sentiu o drama?!
Minha revolta toda transformá-la em texto-denuncia-desabafo.... Sei lá mais o quê. Transformação né... Acho que no fundo essa é minha maior fé, a Transformação.
A arte transforma...
Preciso de arte.
de Arte

de Ar
(te)

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Dia-logo--ego: Agogô!

Ele: - Pondera!
Ela: - Impondera.
- Sua imponderavel!
- Seu Ponderante.

- Nossa,que habilidade!
- Da Imponderabilidade?
- De Ponderabilidade!
- Tá.

- Só?
- É.

- Verdade?
- Verdade!
- Então...
Ela (Se antecipa e finaliza) : - Tá.

O Pulo do Gato



- Cada vez mais acho que para se aprender a dar "o pulo do gato" a gente tem que ser jogado de surpresa...
(Do tipo: Se vira aí, meu irmão!).
Por hora é só.



(Essa foto?
Control C, Control V.
Achei no Sampaist )




quinta-feira, 26 de julho de 2007

Sorriso interior

Ontem, por telefone, retomei o contato com um grande amigo.

Ele me disse que está praticando muita meditação, especialmente a chamada "sorriso interior", disse que tem feito muita diferença no dia-a-dia. Fiquei curiosa e busquei no google :)

Caso alguém se interesse, achei a descrição do exercício: http://www.espacointegral.com/portal/index.php?id=1492&layout=detail

Acho que vou começar com isso também, pois não é de hoje, venho me sentindo meio deprê...


sexta-feira, 13 de julho de 2007

Pela Estrada a Fora

No final de semana passada, saí cedo de casa com as meninas e fomos pela Dutra em direção ao Rio de Janeiro.

Geralmente quando estou dirigindo, ou melhor, quando saio de viagem, meu pensamento também toma direções diferentes das usuais, e a percepção torna-se bem mais aguçada. Olho as coisas, principalmente a paisagem ao redor com um olhar bem mais curioso do que aquele cotidiano. É uma pena, a vida tornar-se-ia mais interessante se estivéssemos sempre nessa espécie de transe, como se em tudo houvesse novidade, e, se formos pensar bem, sempre há. Em tudo há, pois há mudança o tempo todo, ele, o tempo, é o responsável por isso e até mesmo o chão da nossa casa pode ser visto com um novo olhar a cada minuto. Mas, enfim, é um exercício, algo a se desenvolver com o tempo: Não deixar o olhar se acomodar num conformismo de “já vi tudo”, como se tudo fosse um eterno “dejavi”.

Bom, mas lá estava eu, ao volante, na Dutra, indo para o Rio de Janeiro uma vez mais ( depois de um último intervalo de 5 meses). Sempre achei a paisagem dessa viagem bonita em quase todo o trajeto, mas, dessa vez, fiquei chocada com a feiúra de tudo. Sei que estamos no inverno e que, por aqui, isso corresponde a uma época em que quase não chove, e que tudo fica mesmo mais seco, mas não era só isso.

Muito cimento, muito desmatamento... Montanhas e montanhas com a vegetação queimada, fumaças marrons, brancas, cinzas... dos dois lados... As industrias estão aumentando e, com elas, todos os recursos e belezas naturais estão se acabando. Tanto tem se falado em sustentabilidade, em se respeitar o verde... Mas que nada, na prática o inverso é que continua acontecendo, e está bem aqui, nas nossas fuças. Muita gente queimando lixo na beira da estrada, outras provocando pequenos incêndios jogando seus cigarros ainda acesos pela janela do carro. Isso! Aumentem ainda mais o aquecimento global, e tornem o ar seco mais irrespirável ainda. Dá vergonha de ser gente!

Pra completar, nas praias que fui também notei que o lixo é jogado em qualquer canto, seja areia, água ou restinga, e que as pessoas, continuam cada vez mais consumistas, tornando-se feias e vazias, pois a conexão com a natureza é renegada a cada instante. Queremos da natureza tudo o que ela tem de melhor, mas damos em troca tudo o que temos de pior. É triste... Muito triste.

Também vi coisas bonitas, principalmente nas crianças quando em contato com a natureza, ou com o pouco que resta dela, acho até que fotografei, nem me lembro, vou baixar as fotos ainda.

Temos que resgatar o pouco que sobra da natureza e o pouco que nos resta de pureza. Só não sei se isso ainda é possível.
Acho que vivemos dentro de uma torre de Babel...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Propaganda gratuíta

Geralmente não gosto das matérias do Fantástico, mas ontem vi um episódio de uma série sobre o meio ambiente chamado O Mundo de Valentina e achei muito bom. Como estou sendo obrigada a pensar muito sobre a questão do meio ambiente e do nosso relacionamento com o planeta para escrever os roteiros para uma Campanha Ambiental através do rádio, entrei no site para ver os outros episódios. E... Recomendo:

Essas questões que eles levantam precisam mesmo ser cada vez mais pensadas para se encontrar soluções urgentes, mas, antes de tudo, precisamos TODOS mudar radicalmente nossos hábitos, especialmente quanto ao consumo e ao lixo.
O mais loco disso é que a Globo até exibe bons programas vez ou outra, mas nos intervalos tudo é posto por água abaixo... Isto é: Consuma!
Que mundo louco e contraditório nós vivemos. É assustador...

Eles tem um blog também: http://www.mundodevalentina.globolog.com.br

sábado, 30 de junho de 2007

Bolas que estouR am

Hoje, para comemorar o primeiro dia em que a Luanda conseguiu pronunciar o R do meio das palavras, comemoRamos falando um monte de palavras (paRabens, cenouRa, capoeiRa, moRango, VeRena, namoRado, agoRa, AuiRa, amoRa, coleiRa, fogueiRa, pescaRia, caRinho...) e soltando bolas de sabão que sempre estouRavam no final. Rendeu muitas fotos engraçadas e bonitas.
Essas pequenas conquistas tem um sabor delicioso, pois não vão se repetir nunca mais. São mesmo como bolas de sabão...




quarta-feira, 27 de junho de 2007

Uma das tantas


Fiquei devendo a minha nova médica homeopata um link sobre o admirável artista que mora nessa casa - sonho de qualquer criança...
E, claro, uma das tantas coisas que eu adoraria fazer bem feita era conhecê-lo, talvez isso ainda seja possível, já que estão fazendo um museu vizinho dessa casa, em Viçosa-BA.
Oxente, não é tão impossível não, é?

Eis dois links interessantes sobre o cabra porreta:

FRANS KRAJCBERG

Frans

Abraçando o mundo...

Eu queria fazer tanta coisa, mas tanta coisa, tanta, tanta...
Que se eu fizer pelo menos uma bem feita,
já me dou por satisfeita!

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Um ano!

Hoje esse blog faz um ano; Não foi assim um blog com idéias inspiradas sempre, muito menos diárias, apesar de ser essa a minha vontade.
Mas, já diz o ditado, querer não é poder.
E aqui eu sempre fiz o que foi possível dentro das minhas vontades inspiradas. E, de qualquer modo, ainda gosto deste espaço, aqui descobri um lado meu que gosta de compartilhar visões e impressões da vida cotidiana, indo além do banal. Com a fotografia já havia descoberto isso também, mas acho que foi mesmo aqui que descobri o prazer de escrever para além de mim e de um único outro. É bom, é como escrever cartas e colocá-las numa garrafa, soltas ao mar.
Escrevi aqui textos, poesias, coloquei fotos... Quase todas produzidas exclusivamente para o Sobejando.
Deu uma esfriada nos últimos tempos, eu sei... Coisas do meu signo talvez, áries, sempre entusiasmado no início, sempre procurando novos desafios, depois de experimentá-los quer outros, larga-os de lado.
Pensando bem, talvez isso seja do ser humano mesmo. Das relações...
É preciso cuidado. Aqui prós e contras estão sendo pensados (como um balanço, numa relação em crise?!):
Contras: tempo, tempo e tempo... Que levo pensando, escrevendo, publicando, esperando carregar (um saco!), pesquisando imagens ou mesmo produzindo-as, e a falta de tempo mesmo, de me programar para isso, tem que ter prazer e não dá para ficar me cobrando, quando venho aqui escrever ou publicar fotos, poesias, o que for, eu venho com coração, alma, corpo... Movida pelo prazer de compartilhar; Não dá para ser diferente.
E o mundo real vive cobrando a gente, cheio de contas pra pagar, reformas na casa, crianças na escola, comida, diversão e arte... E o tempo de namorar não posso esquecer se não levo um puxão(zinho) na orelha - Ui!
É pouco tempo mesmo no fim do dia, do mês, do ano... Acho que todos concordam com isso, tem até muita gente dando curso de como otimizar o tempo, como ser criativo (né, Cris?).
Mas enfim, no balanço, em um ano 104 postagens! É como se eu tivesse escrito uma média de 2 programas por semana? Não sou muito boa de matemática, mas se for isso, estou bem, não achei uma média baixa não (considerando que a nota máxima seria 7 - dias da semana - e que a média de 7 é 3,5... Dá para recuperar sem problemas).
Prós: Os comentários de amigos e desconhecidos - tenho fãs - eu acho...
Minha auto-estima legal (um pouquinho de vaidade até que tempera a vida), trocas com outros(as) blogueiros de plantão, muita gente que me inspira; Um tempo meu, que dedico a mim, de uma forma diferente...
Enfim, os prós ganharam e o blog já-já começa a andar com mais naturalidade.
E agora, pra relembrar alguns melhores momentos do início dessa relação sobejante,
escolhi 5 posts, que além de serem alguns dos meus preferidos também ilustram bem a diversidade de pensamentos (o povo novamente, com seus tentáculos) durante essas chegadas aqui. E ouso convidar os meus "visitantes" a dar uma olhada e, eventualmente até, votar na sua preferida. Ressaltando que também não precisa ser uma dessas cinco, essas escolhi com dificuldade, pois gosto de muitas outras também - a qualidade conta ponto? Se for isso subi na média, né?
Beijos de aniversário, e seguem os posts:

O inverno tem luas de verão!
Criança-varrida!
Equilíbrios
Retalhos de Bandeira
Vermelhos diversos

PS: Mais uma vez sem imagem... Acho que a crise continua de alguma forma... Queria a imagem de um bolo de aniversário dentro de uma garrafa em alto mar. E com vela acesa. Imaginem!

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Tentáculos

Tive um professor no Mestrado Ciência da Arte que frequentemente dizia para imaginarmos que nossa cabeça era uma espécie de povo. E que, tal qual o ser marinho, nós tinhamos a qualidade de dar conta de muitas tarefas simultâneas com nossos "braços" cerebrais. Claro que ele se referia muito mais à capacidade do nosso pensamento de armazenar diferentes memórias, sentimentos e vontades. Mas hoje me lembrei dessa aula quando percebi a quantidade de coisas que eu estava tentando dar conta em um determinado momento do dia. Agora mesmo, por exemplo, estou escrevendo isso, mas pensando no telefonema que tenho que dar para a mãe da amiga da minha filha para pedir o novo telefone da pediatra, no macarrão que acabei de por no forno para gratinar (não posso esquecer), ao mesmo tempo fico ouvindo o barulho das minhas ffilhas e dos amigos brincando de esconde-esconde pela casa e presto atenção se por acaso a brincadeira não vai virar uma briga onde eu vou ter que entrar (isso acontece com certa freqüencia), sem falar no barulho dos pés deles que se por acaso eu identificar pés descalços no chão frio vou ter que gritar daqui: - Chinélo no pé!.
Durante o dia então, é pior... Os pedreiros estão a toda lá fora trocando o piso e ficam numa conversa fiada e eu pagando por dia de trabalho, tenho que ficar no controle, ao mesmo tempo em que tento me concentrar nos textos do programa da rádio que toda santa tarde tenho que escrever daqui até agosto provavelmente. E aí... Trabalhar em casa não é nem um pouco fácil... Telefone toca, chamam no portão, a Cleuza vem perguntar se quero alguma coisa e tenta arrumar o quarto onde estou. Eu penso enfim em mili coisas e acho que na verdade não consigo muito fazer nem metade como eu gostaria... Tudo bem, o meu pensamento pode até ser um povo, cheio de braços, mas frequentemente dão um nó (quando a comida fica esquecida no forno, por exemplo). Preciso me exercitar mais...
Aqui é uma tentativa de por esse exercício em prática.
Voltei, afinal... Sempre me desdobrando em mil e...Um.
(Desisti de achar uma foto que ilustrasse esse blog, e não achei nada legal da Lula Lelé... Hehehe).

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Sem idéias, mas, ainda assim...







Acho que estou em crise de inspiração para o blog... Tenho que aproveitar cada fiapo de criatividade para um trabalho que pintou com rádio (Graças aos céus!). Perdoem-me meus fãs! Se é que eu tenho algum... Aproveitem o tempo para ler outras coisas, ver um filme, fazer uma caminhada, ouvir uma música... Quando der eu apareço novamente. Sorry!

quinta-feira, 19 de abril de 2007

"Diga: trinta e três."


Pois é... essa menininha loira, carinha doce de sonhadora, tento recuperá-la aqui dentro, todo santo dia.
Fui crescendo, o cabelo escureceu... Passou por diversas fases: chanelzinho, curto como um menino, com franja, sem franja, curtinho de novo... Deixei crescer, as pontas encaracolavam um pouco. Depois veio a fase de mudar a cor, voltei a ficar loira, depois morena (fase curta), meio ruiva, avermelhado, castanho claro...
tava compridão, resolvi mudar radicalmente, cortei tudo, fiquei careca e viajei pro Ceará (foi ótimo, ninguém me conhecia lá e não ficaram perguntando: "Nossa! Porque vc fez isso?!", além do que, lá é um calor que só mesmo sem cabelo pra guentá, vixe!). E, naturalmente, as fases do cabelo corresponderam a diversas fases da minha vida, a neta querida que fui corresponde principalmente a essa fase bem loirinha, "Auirinha", depois chanelzinho... Na escola era bem sapeca, tinha muitos amigos meninos, gostava de me esconder na hora do recreio e não voltava pra sala de aula - o cabelo era curtinho. No primeiro grau tinha aquele "escorridão", imitando os cabelos da minha mãe, que eu amava acima de tudo. Segundo grau, já foi mais rebelde; adolescente, naturalmente cortei bem curto de novo, usava um brinco de guitarra elétrica e tive até uma mobilete. Meus pais se separaram eu já tinha dois irmãos meninos, fui morar com meus avós; nossa, como eu briguei com a minha mãe desde então... O primeiro namorado mais sério veio lá com uns 16 anos, cabelo na altura dos ombros, muito rabo de cavalo... Fase gostosa aquela, sentimentos intensos que a gente tem que aprender a controlar nuns momentos e soltar em outros, nesse aprendizado tive vários "desarranjos", mais foi muito bom. As primeiras viagens sozinha, as primeiras desilusões amorosas... A faculdade foi a mudança mais esperada, a saída pra outra cidade, fazer cinema no Rio de Janeiro! Deixar a família um pouco pra trás foi essencial. O cabelo nem importava nessa época, era qualquer um, do jeito que tava era bom, e, foi bom! 12 anos morando lá em Niterói, aos 22 a primeira filha, que susto, que virada, zera tudo, recomeça, volta pra casa do pai, repensa a vida. Levei um tombão naquele tempo... O pai da Verena, com quem fiz tantos planos, com quem queria compartilhar tanta coisa, surtou e até hoje não conseguiu voltar... Difícil. Juntei as forças, voltei pra Niterói, tantos amigos, especialmente o Marcelão, padrinho da Verena, foram essenciais para essa retomada, assim como, claro, o apoio sempre incondicional da minha família. Fui morar perto da praia. Terminar a faculdade, fazer vários filmes, projetos, trabalhar, viajar pelo Brasil, tudo foi possível. A Verena foi o presente mais precioso que ganhei, amiguinha de todas as horas. Outros tombos vieram também, mas com a Verena do meu lado tudo foi mais fácil, quem diria... E fui com ela pro Ceará, fiz outros lindos amigos, voltei pra Niterói, fazer um longa com os amigos da faculdade - que sonho! O filme saiu esse ano (sete anos depois)! Outras viagens, Bahia, Maranhão... A inesquecível aldeia dos índios Kanela onde ganhei um novo nome: "Japzecue". A morte da minha querida avó... Encarei um mestrado. Aquela menininha, a loirinha, agora é mestre em Ciência da Arte, expôs seus quadros de fotografia com pintura que juntavam a capoeira e o circo numa grande celebração do riso, da alegria, e foi aí que chegou a Luanda, minha caçula, tão alegre, tão intensa. Ela é festa pura, hoje já me cantou os "Parabéns" umas cinco vezes, correndo e pulando, na maior alegria. E voltei pro início de novo, outra filha, outro relacionamento que acabava antes de compartilhar o melhor que pode acontecer entre duas pessoas. E dessa vez sem meu pai também... Mas com novos amigos, nova força, a capoeira angola já meio incorporada e alguns cabelos brancos devidamente pintados da cor mais próxima do natural possível. E me vejo agora, novamente na casa de minha infância, com duas crianças lindas, com novos sonhos, novo amor e também com novos medos. Mas viva-vivinha: viva! Olhando agora pra essas fases todas e achando tudo bom, reconhecendo os tombos importantes, as pessoas importantes, as viagens importantes e a volta essencial para completar um ciclo. Um caminho de amadurecimento, de auto-conhecimento e de muitas surpresas - afinal, quando é que a gente vai imaginar tudo o que acontecerá na nossa vida. A gente tá quietinha ali, planejando um caminho e de repente pimba, acontece algo que tira o prumo e muda o rumo. Assim é comigo, pelo menos. E agora, que eu cheguei aqui, com 33, olho pra mim como se eu fosse uma estante de livros, vídeos, fotos e bibelôs. As experiências ali, meio arquivadas, mas quase todas ao alcance das mãos (melhor, no caso, da memória), elas todas me tornam o que eu sou hoje. Sinto-me uma estante já bem cheinha, bem parecida com a que arrumei esses dias, na sala de casa. E me pergunto quanta coisa mais ainda vou viver, quão longe ainda irei e quantas pessoas ainda vão entrar (ou sair) da minha estante de forma tão contundente. (Será que era um pouco isso também que esse olhar meio melancólico da menina da foto queria perguntar pro ursinho no meu colo?). De qualquer forma, já preparei uma estante nova, bem bonita, para começar a encher a partir de já.

Aniversário

Estou preparando uma postagem de aniversário que deve ficar pronta mais a tardinha...
É que de alguma forma sempre pensei se eu chegaria aos 33, e acho uma idade divisora, sei lá, é a idade que Cristo morreu, isso marcou meu imaginário. E, de certa forma, acho que é mesmo uma idade divisora de águas. Estou refletindo num balanço desse tempo e vendo umas fotos antigas...
Volto logo aqui.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Em parafuso!

Não sei se é mesmo inferno astral, ou o que, mas juntou TPM, resfriado, problemas na família, goteira na vasília... Só a bailarina que não tem, eu tenho! Hoje passei a tarde tentando resolver um problema com a fechadura do portão que eu resolvi, por questão de segurança e comodidade, instalar uma fechadura automática, das mais simples, dessas que não tem nem interfone, mas que abrem apertando um botão do lado de dentro... Bastou pra me dar o que fazer durante uma semana inteira pelo menos. Primeiro o serralheiro demorou todo o tempo que foi possível, instalou mas não fez a instalação elétrica... Quando eu consegui um eletricista pra vir aqui instalar ele conseguiu queimar a fechadura depois de 10 minutos de instalada e testada. Aí o cabra já tinha ido embora e deixou o pepino pra traz. Tive que chamar um chaveiro, pois a bendita travou de um jeito que nem com a chave, e esse me disse que pode ter sido um erro do serralheiro que me instalou uma fechadura "engatada"; pois bem, ficamos assim, o serralheiro vai jogar a culpa no eletricista, o eletricista no serralheiro, o chaveiro me manda na cidade visinha ver se tinha concerto o trem e não adiantou nada... Bom, pelo menos comprei os parafusos galvanizados que o Lu (o mesmo que caçou a cobra aqui, outro dia) pediu para substituir os antigos das janelas novas. Ah, nem contei que estou em ritmo de arrumação e reformas também. Bota fora, reforma tudo, as costas tensas, acumula tudo assim mesmo, deve mesmo ser o inferno astral... Acaba logo, se for só isso. Bueno, fotinhas para ilustrar as últimas:

As janelas estão sendo reformadas e pintadas, a grade teve que ser tirada para isso. Que bom seria se pudéssemos deixar sempre assim.


Ai, isso me lembra que no quesito segurança estou vendida: janela sem grade e portão sem tranca, ui! Pelo menos estamos numa cidade pequena e não tenho galinhas (por aqui tá cheio de ladrão de galinha...).



Amanhã tem mais!

Antes da páscoa...


"Poema da Páscoa"

- de Lucia Ribeiro da Silva-


Entre pranas e paranirvanas

Cristo

se emana


Está vivo. Oculto

no Tibé

(alguns vêm seu vulto)

Ei-lo que de amor

todo

irradia

Prepara o

DIA.


sexta-feira, 23 de março de 2007

Artesanato com feltro, sarau com poesia e... Chorinho!

Inspirada por uns blogs de artesanato, que usam muito feltro, comprei um monte de feltro colorido para começar a fazer bijus, bichinhos, bonecas... Ainda estou só com o dedinho do pé nessa nova empreitada e já saiu um colar e um par de brincos, que usei no sarau maravilhoso que fui ontem, aqui mesmo em Tremembé, na Chácara Mogaperama. Declamei quatro poesias de Lucia Ribeiro da Silva que fizeram muito sucesso; Deixo uma aqui, do livro Os Outros - de 1963 - mas com uma força resistente ao tempo, continua pulsante.

Foi a poesia com que apresentei a minha avó na noite de ontem. Àquela de quem já datilografei milhares de poesias - o que já foi ótimo na minha fase de adolescência. Ô saudade dessa Mulher!
Na seqüência coloco os demais da noite.
Respirem fundo, e, boa leitura:




Invocação

Quero um ritmo dissoluto
como já foi o teu, Manuel Bandeira,
e um conteúdo
feito de coisas quebradas e sujas.
Não, de quebradas não, mas quebradiças
e à mercê da agressão de um simples gesto.
Queria ser soldado... já não quero,

ser livre... já não posso,
ser pobre... não consigo.
De resto, tudo é fuga, não quero estar comigo
mas amo a noite,
o estrépito, as boiadas
que estouram em ampla fúria,
o vento, o vento rude nas latadas,
ciclones comunais, e o povo... nas casas fechado.
Mas não eu, que vou poeta
levar aos centros ciclonais meus versos,
pelo gosto de ver tanto lirismo preso,
assim! Despedaçado

Pelo amor

Apaixonei-me pelo amor

que era tão pouco e se quebrou

igual aquele anel de vidro

tiro de dardo

por profissão, a vida segue

ofício, ritual e febre,

escrevo sempre



Tempo, espaço


A chuva é uma insistência
Escrevo apenas isto,
Já é a Inspiração...


Se o corpo dói eu brigo
comigo e busco a Gaia Ciência,
nas asas da canção


Do nosso Cancioneiro
vêem as vozes melódicas
com algo de batuque
e aliteração


uma borboleta
ou anjo
beija-me as pálpebras
da alma que tenta ver
para além dos

calvários


Limpo

Vou me cobrir de lírios d’água

Com água banhante e limpante

com água

Limpo as pedras do fundo

resíduos que lanço fora

Exércitos de glóbulos brancos

lutam

e

vencem

escrevo, logo existo

escre/ver é respirar

ar



já tranquei a porta

já rezei a rosa

já separei os documentos para o hospital

dei umas coisas

e esvaziei aquela gaveta antiga

Só não consigo parar de escrever e, portanto,

estou viva!

segunda-feira, 19 de março de 2007

YouTube - La Capoeira - 1963

Novamente estou eu às volta com a Capoeira Angola e ela às voltas comigo... Que bom!
Uma vez por semana (às Terças) irei desde já até São José dos Campos treinar no palco do Cine-Santana (Capoeira & Cinema, vejam que combinação perfeita, parece sob encomenda!), melhor ainda, o mestre chama-se Saci - não é perfeito? Será só 1:30 de treino por semana, mas já é melhor que nada. Meio longe também para ir sempre - 1 hora dirigindo. Aproveito e pouso na casa do meu amor, fico lá até quarta de manhã. Um tempinho de qualidade pra mim também, afinal! Na terça passada comecei, me senti bem demais, apesar das dores nas pernas permanecerem por 3 dias depois... Faz parte, afinal. As meninas ficam sem problemas com a Cleusa ou a vovó (gracias a Dios, por las mujeres!!!). Por conta dessa nova fase estou dando uma pesquisada nos filminhos existentes com este assunto no www.youtube.com E estou encontrando muita coisa rara. Gostaria de obter a tradução deste "achado", um documentário curtinho produzido pela TV francesa sobre a capoeira, do francês para o português... Se alguém aí tiver esse "dom", "sivuplê", Rsrsrs!
PS: A foto é na Ilha de Maré - Bahia! "Maré, Maré... Já fui na Ilha de Maré"!
YouTube - La Capoeira - 1963

sexta-feira, 9 de março de 2007

Uma homenagem pelo dia da Mulher

*PAGU
*( http://www.pagu.com.br )

http://www.ritalee.com.br/novo_cd_2004/ouvir_musicas.asp?musica=09.asf

(Rita Lee / Zélia Duncan)

Mexo remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Sabe o que é ser carvão
Eu sou pau pra toda obra
Deus da asas à minha cobra
Minha força não é bruta
Não sou freira nem sou puta

*Nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito "home"

Sou a rainha do meu tanque
Sou pagú indignada no palanque
Fama de porralouca, tudo bem
Minha mãe é maria ninguém
Não sou atriz / modelo / dançarina
Meu buraco é mais em cima
*Nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito "home".


terça-feira, 6 de março de 2007

No carnaval

Sábado de carnaval, em Santa Branca, esse casal de palhaços distribuiu, flores, sonhos e beijos para todos que destes precisavam e aceitavam. Valeu a acolhida, Tati! Adoramos!

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Mais bichos...

Agora são os cachorros... faz tempo que estou pra falar disso, mas, como já disse, a ciranda está num ritmo desenfreado...

Seis (6!!!!!!) cachorrinhos. Nasceram em janeiro por aqui. Filhos da Chuva, que conseguiu escapar e encontrar um pai vira-latas por aí para seus filhotes. Agora já estão bem grandinhos, me deixando louca, pois são um verdadeiro bando de cagõezinhos. Estou doando tudo agora mesmo, se alguém quiser, seja rápido em se pronunciar.


Vamos ficar com uma, a Garoa, filha da Chuva, a que está mordendo. São todos muito lindinhos, mas...

Anjinha da Guarda


Toda hora eu passo por ela e fico achando muito bonitinha essa casinha de cabaça pintada por dentro que eu fiz pra ela...


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Vida girando em ciranda "alegro"

Ou seja... Vida Corrída, mas boa, sempre boa, não posso reclamar, sou uma pessoa abençoada por proteção, dádivas e muitas coisas sutís, que é melhor nem falar muito pra não atrair inveja e etc. Mas tenho as armaduras de S. Jorge e a doçura de S. Francisco me guardando, o amor do Sessé me fortalecendo e a bagunça das crianças me pondo sempre em movimento.
Tudo isso como desculpa para outro sumiço do blog; passou carnaval e eu, de novo, nem aí, nem aqui. To com um monte de fotos legais sem tempo pra mexer nelas como merecem... mas elas ainda chegarão por aqui, pena que com atraso.

Agora uma foto sem atraso, bem atual, que tirei nesse momento: a mandala de livros que vão me ajudar a estudar para entrar numa pós em Arte Educação, a prova é no sábado, torçam!
No centro o livro principal e os das pontas são mais para uma inspiração ou outra, inclusive a tartaruga, rsrsrs.

Depois, que eu ainda não sei quando, mas que pelo andamento dessa ciranda chegará logo, penso em fazer outro blog, para sobejar mais, de forma diferenciada, rsrsrs (espero que mais constantemente e com mais conteúdo).

Vou lá que a Vida Cirandeira me chama!

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Odoiá!



Tô voltando!

"Pode se preparar, porque eu tô voltando..."

É... Foi uma pausa necessária; é preciso tomar distância, nos vermos de outro ângulo, por outros olhos e espaços; sentir se amadurecemos um pouco afinal, ao longo do tempo, no alongamento do espaço. Renovar ares e idéias, rever amigos e fazer novos. Pensar e repensar valores, sonhos, ideais, com a ajuda da visão de novos pores do sol no horizonte azul-marítimo. Para uma retomada renovada enfim, nada melhor do que voltar com a notícia de que SIM: houveram mudanças. Ainda que só perceptíveis interiormente, sensíveis mudanças. Consciente pois, de que é preciso mais do que simplesmente sonhar, é preciso mesmo suar, para que a engrenagem dos ideais inicie o movimento contínuo que nos levará muito mais longe do que uma simples e necessária pausa.

Namastê!!!

sábado, 6 de janeiro de 2007

Pausa

Com licença, estou (estamos) em férias!!!

Já passou natal, ano novo, e eu nem aí, nem aqui...
Entrei com os pés lúdicos em 2007, a ver se isso me dá humor para todo ano...Necessário!
Final de janeiro, o mais tardar, volto com novidades.