quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Rafting no Rio Paraibuna

Foi um dia delicioso, São Pedro nos abençoou mais uma vez!

As fotos demoraram a sair, mas finalmente chegou o cd com elas. Estão todas aqui.
Dia 31 de janeiro foi o dia que fizemos um Rafting muito divertido:
Sessé, eu, Vevê (filhota) e Bel (sobrinha do Sé)
Nosso grito de guerra:
- PÉDAGUÁ!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Revelação


Esses dias, pouco antes de dormir me veio uma certeza, não sei bem como cheguei a ela, talvez estivesse influenciada pela minha própria imagem no espelho minutos antes de deitar, o incômodo de ter que aceitar ver alguns cabelos brancos, algumas rugas ao redor dos olhos e achar que é cedo para isso... Enfim, não sou mais ingenuamente religiosa como já fui na adolescência, e acho que meu amadurecimento acabou seguindo por um lado mais racional que descartou as "certezas" impostas trocando-as pela busca das experiências próprias, que, na verdade ainda não foram muito percebidas como "experiências espirituais" - por exemplo, há quem diga que os cabelos brancos significam uma maior espiritualidade, mas há uma enorme diferença entre "sabê-lo" e "senti-lo".

Mas então, deitei e fiquei lá tentando achar o sono, de repente veio o pensamento de algo que fez todo o sentido, mas não apenas de forma racional, foi algo interno mesmo, que não sei se passou apenas pelo cérebro, mas que provavelmente teve algo relacionado ao que alguns chamam de alma. Essa certeza era a de que estamos presos em nosso próprio corpo, e que a velhice é o caminho natural para nossa liberdade final. Foi algo como a revelação de que somos algo além dessa vida, das coisas materiais, do corpo e suas limitações... Nossa, claro que essa revelação deve ser o básico de muitas religiões, mas me soou realmente original e especialmente complexa para mim.
Mas, sabe aquelas coisas que a gente pensa antes de dormir e depois nem lembra mais, até que algo acontece e desperta todo o raciocínio novamente (sim, com os sonhos isso também costuma acontecer), pois o que aconteceu é que hoje recebi um email desses que nem leio, meio com cara de auto ajuda, mas que fui passando os olhos assim sem interesse e acabei por achá-lo bom justamente quando percebi que se tratava exatamente do que eu havia pensado naquela noite, porém argumentando com pensamentos de filósofos como Sêneca, Platão e Aristóteles...
Enfim, vou dar um control c control v em algumas partes do texto
"Velhice", de Edi Mail Bohrer (uma "filósofa, psicóloga e educadora multidisciplinar", pois acho que ela explicou muito melhor que eu:

" É interessante observar o modo como cada um vê a velhice.

O pensador oriental Lao-Tsé, entendia a velhice como um momento supremo de alcance espiritual máximo. (...) Platão, dizia que sendo o ser humano prudente, a velhice não constitui nenhum peso e que com a chegada da velhice surge no ser humano um sentimento de paz e libertação.

O romano Cícero, em sua obra De Senectude, diz que os idosos substituem os prazeres corporais pelos prazeres intelectuais.(...)

Tem-se a impressão, porém, que todos eles procuram encontrar uma maneira aceitável para dizer que a velhice, quer seja dita de uma forma muito simples ou de forma primorosa, é a porta de saída que conduz para o desconhecido. É absolutamente natural temermos o que não conhecemos, principalmente quando sabemos que é, humanamente, impossível ao chegarmos ao final da vida observar que não gostamos dessa parte e então fazer o caminho de volta. É exatamente aí que entra a inquietação. E é exatamente aí que precisamos acreditar que ali, na porta de saída, estará Deus esperando por nós para nos conduzir a uma nova porta de entrada. (...)

Existe em mim algo que não me pertence, existe em mim algo que me faz ver que o que não me pertence, é o estar aqui para sempre, mas para estar aqui, por um tempo, eu preciso desse algo, e que por mais que eu viva muitos e muitos anos, chegará o momento de fazer a entrega do que não é meu. Serenamente, como quando aqui cheguei, pois não temi a vida, devo ultrapassar essa porta de saída. De saída? Será? Não será uma porta de entrada? Sim, creio que é. Se creio dessa forma, então não existe uma porta de saída, mas uma porta de entrada. Entrada para um lugar onde não estarei sozinha. Com certeza, não uma certeza proveniente apenas da minha razão, mas uma certeza advinda de dentro da minha alma, que faz com que eu olhe e veja com os olhos da fé, após essa entrada, eu serei novamente, eu existirei novamente nessa Nova terra."

Um parenteses: A verdade é que sempre me soaram meio piegas esses textos sobre fé, justamente por terem poucas doses de razão. Mas também é verdade que as declarações de amor geralmente soam assim para quem não as estão vivendo... Acho que a diferença está em estar ou nãovivendo a experiência do amor, que essa na real nem de longe é piegas. fecha parenteses.

Acho que foi meio isso o que aconteceu comigo naquela noite, uma experiência TRANSPESSOAL...

O que, aliás, foi providencial nesse post justamente para encaixar a foto da luz que entrou pela porta da frente da minha casa numa dessas tardes inspiradoras. Imagem reveladora, não? (E eu preocupada em não ter um texto para ela... Imagine.)

(As outras fotos desta tarde estou colocando lá no encantoar).


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Juntinhas novamente

Brincadeiras sem fim
abraços, carinhos, cheiros, declarações de amor...
e ela fala, fala, fala...
Ela sabe tudo, tudo, tudo...

Mas pergunta, pergunta, pergunta...
E canta e dança e conta e gesticula:
"né mãe", "né mãe?", "né mãe!"
e já não há espaço pra saudade (e nem pra coisa nenhuma )
Ai, essa menina é mesmo a rainha da casa!