segunda-feira, 31 de julho de 2006
sexta-feira, 28 de julho de 2006
Se meu jardim der flor
Se meu jardim der flor/Colore minha saudade/No meio dessa cidade/
que a manhã clareou/Virá um beija-flor/aqui e ali sem pousar/ E vai
entrar nos meus olhos/Só pra te encontrar/Dê asas ao amor/que vive
dentro/ de todo bom coração /Pro mundo ser mais bonito/ Em
cada palmo de chão.
quinta-feira, 27 de julho de 2006
Novidade
Trata-se do Vale ver o Vale.
Com ele pretendemos contribuir na divulgação de eventos interessantes que acontecem no Vale e erredores.
Convidamos a todos a dar um pulim lá e contribuir com idéias, acontecimentos interessantes, palpites e pitacos.
Aguardamos!
Outro blog novim: ser-autotélica, da minha amiga Cristiane. Maravilhoso esse quadro dela, não?
quarta-feira, 26 de julho de 2006
O divino oprimido
Ligeiramente divino
de M. Bandeira
Estás em tudo que penso
Estás em quanto imagino:
Estás no horizonte imenso,
Estás no grão pequenino.
Estás na ovelha que paste,
Estás no rio que corre:
Estás em tudo que nasce,
Estás em tudo que morre.
Em tudo estás, nem repousas,
Ó ser tão mesmo e diverso!
(Eras no início das coisas,
Serás no fim do universo.)
Estás na alma e nos sentidos.
Estás no espírito, estás
Na letra, e, os tempos cumpridos,
No céu, no céu estarás.
- Me identifico com Bandeira posto que nasci no mesmo dia que ele, 19 de abril.
(Também Roberto Carlos nasceu nesse dia e com ele também - confesso - tenho pontos de identificação. Mora?
terça-feira, 25 de julho de 2006
Retalhos de Bandeira
espio poesias
Espio como o o sol espia
com seus raios, entre galhos
caminhos por onde gostaria de caminhar
se um dia não fosse mais o que é.
Hoje espio Manuel Bandeira, poeta triste,
bem triste de tantos ais
que lhe enchem a imaginação:
"Com que sonho? Não sei bem não.
Talvez com me bastar, feliz
- Ah feliz, como jamais fui! -
Arrancando do coração
-Arrancando pela raiz -
Este anseio infinito e vão
De possuir o que me possui."
sexta-feira, 21 de julho de 2006
Você é feliz?
Pois é a forma como é mostrada a busca dessas respostas que fazem do filme francês Crônicas de um Verão, de 1962, precursor do movimento "cinema-verdade". Escrito em parceria entre Edgar Morim e Jean Rouche, tem a intenção (pretensiosa) de retratar a verdade das pessoas. A abordagem, tipicamente francesa, situa a cena num verão de Paris, e traz a plano os próprios autores em conversa com diversos cidadãos franceses. Infelizmente, Morin não se satisfaz com o resultado final, como ele próprio diz no filme, e abandona a idéia de fazer cinema-verdade...(poderia ter feito outras obras-primas).
O filme causou muita polêmica junto à mídia. E ainda hoje rende assunto e inspira cineastas. Eu particularmente achei ÓTIMO o filme, atualíssima as questões levantadas pelos "atores"; a lente capta as intenções mais sutis dos depoimentos, a maioria claramente afetados pela presença da câmera, e ainda levanta questões existencialistas presentes ainda hoje. Recomendo - têm em DVD, em boas locadoras.
Melhor ainda vai ser ver o filme de hoje, porém agora, em solo brasileiro, ou melhor, "copacabânico", e mais de 40 anos depois. O documentário Edifício Master, também lançado em DVD, que bebe da fonte do cinema-verdade e dá continuidade a algumas questões levantadas no Crônicas.
Pra quem se interessar: hoje, de GRÁTIS, no espaço Mário Cóvas (em frente a praça Afonso Pena - São José dos Campos), às 20 horas, Edifício Master, de Eduardo Coutinho - filmaço!
quinta-feira, 20 de julho de 2006
Só Drummond...
A HORA DO CANSAÇO
As coisas que amamos
As pessoas que amamos
São eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
No limite de nosso poder
De respirar a eternidade.
Pensa-las é pensar que não acabam nunca,
Dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
Numa outra (maior) realidade.
Começam a esmaecer quando nos cansamos,
E todos nos cansamos, por um ou outro itinerário,
De respirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
Rebaixamos o amor ao estado de utilidade.
Do sonho do eterno fica esse gosto acre
Na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.
É, hoje só mesmo Drummond... trazido pelo meu amigo Luiz, agora também no mundo dos blogs:luizantoniocardoso.blogspot.com
Pra quem se interessar: hoje, de GRÁTIS, no espaço Mário Cóvas (em frente a praça Afonso Pena), às 20 horas, Crônicas de Uma Noite de Verão; e amanhã, 20h. Edifício Master, de Eduardo Coutinho - filmaço!
quarta-feira, 19 de julho de 2006
Emocionada, compartilho o que acabo de ler:
(Drummond)
Preso à minha classe e a algumas roupas,
Vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me'?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.
Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.
Infelizmente
pois não há humildade na humanidade.
Terremotos não podem ser evitados
mas as guerras podem. Poderiam.
Enquanto escrevo bombas matam libaneses
crianças, homens, mulheres...
sonhos são assassinados
da preguiça de ser um só com a terra,
de andar descalso, de pisar o chão sem asfalto
de onde vimos pra onde vamos.
Ao invés disso, para calçar os pés de poucos,
deixamos nus os pés de tantos,
sobre o lixo corrosivo que criamos sem parar,
Egoísticamente, a ponto de já sermos um só,
não mais com a terra, mas com o lixo.
De onde vimos, pra onde vamos afinal?
Que monstro é esse que alimentamos todo dia,
para que insaciável
nos devore a todos?
De fato, hoje ele está a mastigar meu peito.
Sofro por saber.
De que adiantam as leis dos homens
se nem as de Deus cumprimos mais...
terça-feira, 18 de julho de 2006
Provas da divindade humana
de que o ser humano pode mesmo ter sido
inventado por Deus.
E encontro às vezes, quando vejo que é possível
ser concedida a dádiva da criação
revelada em momentos de delícia-onírica-celestial
para alguns poucos, como esse Sr. H. Pascoal;
Ele tem o poder de transformar.
É música em forma de homem.
segunda-feira, 17 de julho de 2006
Ora bolas
Ou é simplesmente uma superstição infundada de algum técnico de eletricidade fanático por basquete. Sei lá, nessa altura qualquer coisa te que ser pensada.
Talvez até seja obra de algum artista plástico, afinal elas tem um aspecto bem interessante e provocador: bolas, suspensas, flutuando... como pequenos satélites em volta da terra, obedecendo uma rota determinada pelos fios de eletricidade (nisso é que estou mais acreditando no momento ).
Se alguém souber, intuir ou achar alguma coisa, por favor: - diga, me esclareça, ou melhor, sobeje!
De volta
Difícil estar inspirada todos os dias; claro que assunto sempre tem, mas a auto-avaliação também tem hora que censura tudo, acha tudo ruim, acha que não vale a pena dividir nada com ninguém (horrível, mas é verdade). Enfim, semana passada, TPM braba, achei melhor ficar mais na minha mesmo, tentando controlar o fastio de mim mesma.
Final de semana em São Paulo, não tirei nenhuma fotinho, sorry, mas vi muitas imagens, tive vontade de ir um dia, sozinha, sem filha que exige colo e atenção integral, só para fotografar e ver melhor ao redor dos caminhos. Tava bonito o dia ontem em São Paulo... tentamos ir no museu da Lingua Portuguesa, mas, tão grande a fila estava que desistimos. Beleza, é só atravessar a rua e entrar na Pinacoteca, bem mais tranqüilo. Também nem deu para ver muita coisa. A exposição "Um século de arte moderna brasileira" onde nada pode ser tocado por ninguém, muito menos por uma menina sapequíssima foi quase um martírio de ver. Tudo bem, arte moderna também tem pouco para ser visto (os entendidos que me perdoem, mas a "arte" de uns e outros (não todos, claro) que chegaram a ser expoentes nessa ilha chamada arte-moderna, é, pra mim, imcompreensível e, pior, feia.). O que vi lá, na Pinacotéca, não na "ilha", e que achei realmente bonito e saboroso foi a exposição de Fernando Stickel, fotografias que davam vontade quase irresístível de por a mão, pois a textura saltava pra fora em forma de imagens e cores. Legal também reconhecer uma imagem do Fernando que já tinha visto no blog dele, onde entrei por acaso dias atrás, eeee, mundinho redondo...
Bom, o resumo dá ópera é meio isso aí. Já-já vou postar umas indagações que têm me perseguido há longa data (com fotos ilustrando)... Inté.
quarta-feira, 12 de julho de 2006
Enquanto o site não vem...
da série "Capoeira e Circo", que foi parte do meu projeto
no mestrado em Ciência da Arte. Adoro essas pinturas!!!
Em breve espero ter um site com esse mesmo nome.
Aceito sugestões também!
Esta aqui é da belíssima série "Capoeira" de Pierre Fatumbi Verger,
que pode ser vista clicando aqui
terça-feira, 11 de julho de 2006
Estou com saudades da capoeira...
Esse, meu primeiro vídeo postado no blog, encontrei-o no blog Mais Canela, por favor! E, como essas são duas músicas que absolutamente não me enjoam, achei que não iria ser de mais: tá lá e aqui também!
E, na mesma linha das letras das duas músicas...
segunda-feira, 10 de julho de 2006
Festas juninas, julinas, agostinas...
Pinturajunina, feita a quatro mãos (duas pequenininhas, da Luanda e duas grandes, minhas), no Dia da Arte e da Poesia, na casa da Família Trololó, em São Paulo.
Esse fim de semana teve festinha junina na escola da pequenina, a noite pretendo postar as fotos desta e da outra festa (a da mais velha) das minhas caipirinhas. Festa Junina sempre dá fotos e pinturas maravilhosas!
ANARRIÊ!!!