segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Voltando esbaforida e com poesia

Bom, resolvi: Finalmente tentar e novamente voltar ao blog, não sem antes protelar de todas as maneiras possíveis.
Ando correndo muito, mesmo, e realmente sem tempo para compartilhar sentadinha aqui em frente ao computador. Mas tenho recebido cobranças desta falta de tempo... Minhas filhas são as primeiras, recebi até um depoimento no orkut de uma delas dizendo que não gosta que eu trabalhe tanto. Mas devo confessar que o trabalho só tem me feito bem, que estou feliz e só lamento mesmo esse tempo passar tão rápido que só vou me dar conta disso na hora em que já estou caindo de sono. Putz, mas tem tanta coisa na minha cabeça que nem sei por onde começar... Na verdade eu começaria por tirar esse player que fica tocando automaticamente my babe cares for me e isso já me irritou o suficiente (engraçado isso, como a mesma música que te inspira pode te desestimular quando repetida inumeras vezes), mas minha ignorancia no campo digital ainda está atrapalhando neste ponto. Então resolvi falar mais uma vezinha sobre casamento aproveitando um email de uma amiga de quem o Sessé (meu marado) foi padrinho de casamento 3 anos atrás e com quem fizemos um inesquecível passeio de balão. Ela enviou compartilhando com a gente a linda poesia Casamento, de Adélia Prado. Ei-la:

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como «este foi difícil»
«prateou no ar dando rabanadas»
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos pela primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.

E por falar em Adélia Prado, poesia e música, vale visitar este blog e ouvir o que há por trás da "janela": Alma da Palavra.


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