Tive um professor no Mestrado Ciência da Arte que frequentemente dizia para imaginarmos que nossa cabeça era uma espécie de povo. E que, tal qual o ser marinho, nós tinhamos a qualidade de dar conta de muitas tarefas simultâneas com nossos "braços" cerebrais. Claro que ele se referia muito mais à capacidade do nosso pensamento de armazenar diferentes memórias, sentimentos e vontades. Mas hoje me lembrei dessa aula quando percebi a quantidade de coisas que eu estava tentando dar conta em um determinado momento do dia. Agora mesmo, por exemplo, estou escrevendo isso, mas pensando no telefonema que tenho que dar para a mãe da amiga da minha filha para pedir o novo telefone da pediatra, no macarrão que acabei de por no forno para gratinar (não posso esquecer), ao mesmo tempo fico ouvindo o barulho das minhas ffilhas e dos amigos brincando de esconde-esconde pela casa e presto atenção se por acaso a brincadeira não vai virar uma briga onde eu vou ter que entrar (isso acontece com certa freqüencia), sem falar no barulho dos pés deles que se por acaso eu identificar pés descalços no chão frio vou ter que gritar daqui: - Chinélo no pé!.
Durante o dia então, é pior... Os pedreiros estão a toda lá fora trocando o piso e ficam numa conversa fiada e eu pagando por dia de trabalho, tenho que ficar no controle, ao mesmo tempo em que tento me concentrar nos textos do programa da rádio que toda santa tarde tenho que escrever daqui até agosto provavelmente. E aí... Trabalhar em casa não é nem um pouco fácil... Telefone toca, chamam no portão, a Cleuza vem perguntar se quero alguma coisa e tenta arrumar o quarto onde estou. Eu penso enfim em mili coisas e acho que na verdade não consigo muito fazer nem metade como eu gostaria... Tudo bem, o meu pensamento pode até ser um povo, cheio de braços, mas frequentemente dão um nó (quando a comida fica esquecida no forno, por exemplo). Preciso me exercitar mais...
Aqui é uma tentativa de por esse exercício em prática.
Voltei, afinal... Sempre me desdobrando em mil e...Um.
(Desisti de achar uma foto que ilustrasse esse blog, e não achei nada legal da Lula Lelé... Hehehe).
Durante o dia então, é pior... Os pedreiros estão a toda lá fora trocando o piso e ficam numa conversa fiada e eu pagando por dia de trabalho, tenho que ficar no controle, ao mesmo tempo em que tento me concentrar nos textos do programa da rádio que toda santa tarde tenho que escrever daqui até agosto provavelmente. E aí... Trabalhar em casa não é nem um pouco fácil... Telefone toca, chamam no portão, a Cleuza vem perguntar se quero alguma coisa e tenta arrumar o quarto onde estou. Eu penso enfim em mili coisas e acho que na verdade não consigo muito fazer nem metade como eu gostaria... Tudo bem, o meu pensamento pode até ser um povo, cheio de braços, mas frequentemente dão um nó (quando a comida fica esquecida no forno, por exemplo). Preciso me exercitar mais...
Aqui é uma tentativa de por esse exercício em prática.
Voltei, afinal... Sempre me desdobrando em mil e...Um.
(Desisti de achar uma foto que ilustrasse esse blog, e não achei nada legal da Lula Lelé... Hehehe).
2 comentários:
Oi querida, td bem? Q bom q voltou! Entendo perfeitamente o q acontece, quem sabe, posso te ajudar.
Fiz um curso de Criatividade com Philip Hallawel, um grande mestre e aprendi muitas coisas uma delas é sobre o Fluxo. Esse conceito foi desenvolvido por um prof. de psicologia de Chicago, ele descobriu que é essencial que uma pessoa entre no estado de fluxo para que produza criativamente.
Quando uma pesoa está no estado de fluxo, ela está completamente focada naquilo que está fazendo e absorvida na atividade, a tal ponto que perde a noção do tempo e torna-se alheio aos acontecimentos a sua volta. Frequentemente, as pessoas sentem-se como se estivessem fora de seus próprios corpos se observando. Neste estado, a atividade é feita com uma competência incomum e com uma fluidez impressionante, tanto que parece muito mais fácil e relaxante.
Já tive essa experiência e é unica, quando não estou no fluxo só faço exercícios.
No entanto, geralmente, é preciso ter um desafio e estar motivada para alcançar um objetivo, para entrar no fluxo naturalmente. Mas o estado de fluxo pode ser obtido, sem que haja um desafio, se a pessoa souber (puder) concentrar-se, ao ponto de absorção, na atividade em questão. E para isso é importante criar um ritual que ajuda a entrar num estado de concentração e relaxamento, eu costumo limpar meu material, apontar os lápis. é importante tbém que a pessoa não esteja pressionada e que não esteja pensando mas consequência de sua atuação.
Vc é muito talentosa, é uma delícia ler seus textos, e td isso é muito complicado tenho os mesmos problemas, o ideal é vc ter seu tenpo e seu espaço.
Desejo muia inspiração e criatividade!
bj, Cris.
Cris, você é linda!
Adorei as dicas e as palavras.
Estou atrás desse "fluxo", mas ele demora um pouco para engrenar geralmente. tenho prazo para entregar os programas e isso tem consumido bastante o tempo...
Domingo vou estar rapidamente em Jundiaí, pela manhã... Mas acho que vou fazer um força para te ver. Te ligo no sábado a noite.
Hoje mais tarde pretendo postar em comemoração ao primeiro ano do Sobejando.
Beijo.
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