terça-feira, 24 de outubro de 2006

Com o sol...

... chegou a resposta por emails de amigos queridos, cheios de novidades, cheios de novos filhos. Renovação no mundo...
A notícia de que o longa metragem feito na conclusão do curso de cinema está pronto também me deixou muito feliz.
Comemorei na areia da praia com as filhas. Um belo mergulho nas águas de Ubatuba, muitos "jacarés" perfeitos. A visão da alegre da minha irmãzinha caiçara de um aninho e as tartarugas do projeto Tamar (onde eu descobri que minha máquina estava sem bateria e só tiramos 1 foto) ei-la:
Estou conseguindo afinal dar conta da lista de amigos, ainda faltam muitos, mas a roda já está em movimento!

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Chove!

E dia de chuva sempre me deixa meio maus, quer dizer, quase sempre, pois, às vezes, tem umas chuvas boas, de verão, que refrescam ou que trazem a vida para o sertão (até "rima" trazem também!), o que me deixa maus – não no sentido de doente (assim seria “mals”, eu acho, o contrário de “bens”), isso também fico, mas não é o caso desses dias de agora, o que me deixa mau com “u”, que é o contrário de bom, é saber do sofrimento que um dia de chuva traz para as pessoas. Fico assim, bem yin, quase água pura, caindo sobre as pessoas sem abrigo, trazendo consigo o frio, resfriando até os ossos. Imagino, aqui do meu relativo conforto, que pessoas nesse momento estão por aqui perto mesmo, de pés no chão, com a roupa rota, com a casa fria e sem luz, mesmo até sem comer. Que fazer. Fico assim. Compaixão? Se isso for conseguir colocar-se no lugar dos outros e imaginar você mesmo passando por situações dessas, como agiria, como pensaria... Se for isso acho que estou a caminho. Antes algo pior, mais mesquinho: pensar que por algum motivo eu mereço estar no meu “relativo” e “eles” não. Ora vá. Que doidice. Este “relativo” em que me encontro é que deveria ser a base, para todos. Tipo o Lula falou ontem, “o ponto de equilíbrio é a classe média”, e é isso que deveria ser mesmo. É um caso de desigualdade social, não por merecimento, mas por ambição demais de uns e exclusão demais de outros. É. A vida em que vivemos. Onde crio minhas filhas e temo pelo que elas ainda ao de passar, elas e tantos outros que desde já... Mas, deixa esse pensamento pra lá. Vamos sonhar que o Lula ganha e a coisa melhora e a chuva, qualquer que for, quiçá um dia, não me deixará mais maus (e nem mal). Amém!
Cartas...
Mas essa chuva também me deixa nostálgica e saudosa, por isso também, triste. Hoje, sobretudo tenho saudade dos amigos distantes. Teve uma hora que peguei uma caneta para anotar o nome de alguns amigos a quem estou devendo um email, uma carta ou um telefonema. Nossa, foram surgindo nomes, tantos que tive que começar a classificar através de várias chaves, balõezinhos, grifos e letras diferentes... De acordo com o lugar do papel também havia certa “colocação” em minha classificação. Ficou meio assim; na linha de baixo os colegas da faculdade, mas só o que dá para se comunicar por email, fui lembrando de outros também, que não tenho contato se não pelo número de telefone na agenda antiga lá do Rio ou através dos amigos dos meus. Enfim, pra esses abri uma chave especial (só dois, na verdade). Talvez eu ligue pra eles, só dois... talvez tente conseguir seus emais, orkuts, msns, skypes, blogs e fotologs. Endereço para carta, nossa! Quanto tempo faz que não escrevo pra alguém, num papel, coloco dentro de um envelope, levo até o correio, pago, fico na ansiedade de um contato futuro, uma resposta. Ai. Cartas. Acho que não dá mais mesmo. Salvo em raríssimas e boíssimas intençõezíssimas. U-A-U. E olha que já escrevi muitas cartas, outrora. Aí foi, a folha ficou repleta de nomes. Eagoraoquequeeufaço pra escrever pra toda essa gente acho que vai umas três tardes e três noites escrevendo – porque cada um merece sem dúvida uma atenção especial, e não fale um email padrão pra todo mundo, inda mais depois de tanto tempo, a gente tem que contar as novidades, perguntar das de lá, lembrar dos tempos em convívio, de amigos em comum, fazer declarações de saudade e mandar mil beijos, não me esqueça, vamos combinar de nos encontrar, de verdade, não vamos perder o contato, sério. Essas coisas.

Que fatto io?

Vou pra frente do computador decidida a começar. Não sei bem ainda por quem, vamos ver. Abro os emails, alguns novos, um do namorado – oba! Bom pra se inspirar, ganhar forças! Abro, leio, é curtinho:“Boa amorzão, Saudades, beijos” ( só a resposta de outro que mandei ontem à noite, umas frases engraçadas que recebi DE UM AMIGO ANTIGO, e repassei. Ora, vejam só! Justamente o nome deste amigo antigo esqueci de por na lista! Que injustiça, pronto, já remedei: “Levi”, está lá, juro! Vamos ver os outros emails... nada de amigos antigos. Alguns novos amigos, conversas sobre a ONG Magneto Cultural, onde acabei de entrar... é um grupo. Outro de outro grupo, o das Angoleiras do Rio, esses sempre chegam e são uma forma de manter contato com várias pessoas de uma vez, todo mundo lê... é um encontro virtual através dos emails. Informações sobre rodas de capoeira angola e eventos, todos lá no Rio, bem distantes e igualmente interessantes. Puuuuxa... olha lá o que eu estou perdendo, legal. Então tá, vamos lá, escrever, se não desanimo só de pensar na distancia, no trabalho que dá, no esforço que precisa. Vai lá, é bom também, a gente vai escrevendo, vai se empolgando tanto em contagiar o outro que acaba conseguindo. Às vezes é isso que precisa, iniciativa. Efeito dominó. Vai que dá. Vai que cola! Peraí, só uma olhadinha no blog antes, alguém postou uma mensagem lá, legal, é da Cris, que tá em Jundiaí agora, ela tem blog também, eu que incentivei, olhaí, uma amiga antiga também - e que estava na lista! Então, acho que não... a chuva apertou, deu (inspirou) uma poesia, até um quase hai kai (logo aí abaixo), e achei melhor blogar do que escrever email. Ai. Tô aqui agora. Queria que todos dessa lista no papel viessem aqui, no blog, agora mesmo, aí eu resumia tudo num textão, ilustrava até com fotos antigas e novas, botava música... Uma festa! A gente combinava uma festa com toda essa gente, uma inesquecível! Pra dançar, falar, contar, se abraçar e rir até! Que bom seria. Por que não pode, né. O vida! Isso sim é pra se pensar e ficar mal-mau, (ou, bem mau). Noutro sim, talvez seja melhor mesmo mandar os emails pessoais, pelo menos pra alguns, um dia eu vou mesmo ter que fazer isso, aí a gente aproveita e faz lá a propaganda do blog, da festa, vamos? Ainda dá tempo. Só vou postar esse texto no blog... ficou grande, melhor dividir em dois, se não cansa o leitor (nesse meio tempo já havia postado dois outros, hoje rendeu, pelo menos no blog...), aí vai, com essa chuvinha, não tem nada pra fazer na rua, tá certo que peguei um filminho e seria perfeito aproveitar que as crianças estão na escola... será? Os emails podem ficar pra noite, né? O Tentação!!!! Agora chega né, tava inspirada, devia aproveitar pros emais... mas quê. Acho que é por isso que quase ninguém me escreve também, “o cinema” nos toma todo o tempo! ; - )

Nostalgia

Saudade dentro apertado
na falta do abraço ( ausente )
Lá fora a chuva aperta

só o abraço é que não.

Quase um Hai Kai

Lá fora
gotinhas escorregam
em folhas verdes e frescas.
Aqui
gatinhos lambem
o pelo da mãe molhada.

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Quarteto Miau


Agora é assim, eles já tomaram a casa. De repente eu to andando e quase tropeço numa gata amamentando no meio do corredor. Essa foto foi as 6 da matina de hoje, fui beber água e os quatro estavam na maior folia na poltrona. Detalhe, o pretinho é o único cuja calda é normal, os outros são cotós, nasceram assim. Mistérios felinos...

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Bichanos!


Um mês de gatinhos... são fofos, mimosos, lindinhos, mas crescem, miam, fazem cáca... Fazem "ARTE". Começo a me preocupar... tão vendo o quarto filhote escondido? Olhe beeemm a foto. Ai, ai... quem me ajuda a cuidar desses bichanets?

Dia das crianças?





É Todo Santo Dia!!!!

terça-feira, 10 de outubro de 2006

Mãe e Diretora

Doida, Doidinha, Doidona

Custou, mas saiu. Eis o vídeo de um minuto, a concorrer no festival Regional deste ano. Quero ver a torcida!
Edição sem tempo pra dormir de Sergio Seabra, com, Luanda como doidinha, Amanda como doida e Auira, câmera e direção doidona. Rsrsrs.
* Ah, o tema era "Comunidades Virtuais".

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

FINITO!

Como nada é muito do jeito que a gente planeja, hoje mesmo saí oficialmente do trabalho que não tinha nada a ver comigo.
E, como tudo na vida, esse tempo que lá passei também teve seu lado bom; alguns bons amigos, alguns bons contatos (para futuros projetos), algumas lições e algum aprendizado. Perda de tempo não foi, aliás, tempo não é algo que se perde ou que se acha, ele simplesmente transcorre. E faz isso em ciclos, quando um ciclo acaba, logo outro recomeça, assim, ao mesmo tempo que é fim é também começo, e quando pensamos que é FINITO ele nos surpreende INFINITO.
E o filminho de 1 minuto ficou pronto a tempo de concorrer no Festival Regional do Minuto, em novembro. Vou tentar postá-lo aqui logo em breve, assim que resolver o recomeço deste novo ciclo e colocá-lo nas devidas engrenagens. Volto já!
Ao invés de foto, deixo a frase que me encontrou hoje:

"O olho vê, a lembrança revê e
a imaginação transvê"
Manoel de Barros

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Mesmo sabendo...

...que "esperar não é saber", espero um pouco mais, mantendo o acordar cedo diário (ai, como é difícil...) para ir ao trabalho, que, mesmo não tendo nada a ver com aquilo que sonhei pra mim, reúne pessoas com as quais fiz boa amizade, algumas até com objetivos e ideais comuns. Prorrogo o conviver com elas e me mantenho ainda firme, no mesmo local. Garantindo um troco a mais no fim do mês, aproveitando os tempinhos de liberdade para passeios nos blogs, sites e pescando eventuais oportunidades virtuais. O filme de "um minuto" também teve inscrições prorrogadas até o fim dessa semana, o amigo do filme sobre as parteiras ainda insiste em me deixar com esperanças da viagem de última hora e eu vou levando, com ginga na alma, com a força dos carinhos de amigos , das filhas e do Amor - que este sempre me providencia todas as forças necessárias para viver sinceramente sorrindo, sabendo sentir o momento certo para agir. Nem foi preciso recorrer ao I Ching desta vez (ótimo conselheiro para dilemas que exigem decisão). Apenas sinto que devo seguir aguardando a lua apropriada, que, para este caso seria o dia 14 de outubro, início da lua minguante (meu pai, que era um mestre em guiar suas ações pela Lua, dizia que a minguante é sempre a mais indicada para terminarmos algo, boa também para faxinas e regimes). Então, mesmo estando farta, com "poética" aguardo.

Poética

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja
fora de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante
exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes
maneiras de agradar às mulheres, etc
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare


— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

(Manuel Bandeira)