quarta-feira, 14 de abril de 2010

Como não sentir culpa?

Pergunta sem resposta, ou melhor, pergunta que em si mesma já é uma resposta à várias situações sem resposta. Situações diárias, é bom que se explique. Como a situação de protelar coisas importantes que precisam ser feitas, ou coisas nem tão importantes aparentemente, mas que nos propomos a fazer e que vão sendo adiadas para o minuto seguinte a cada minuto.
Ok, vamos explicar com os exemplos. No dia de hoje, por exemplo, já estou protelando algumas coisas importantes com a desculpa de não adiar mais uma visita aqui no blog para compartilhar a angustia de estar tanto tempo sem postar nada; Na verdade hoje é um dia atípico, já que finalmente consegui reservar um tempo para assistir o filme Lavoura Arcaica, que tanto já havia ouvido falar, e que estava passando no cinema pertinho da casa de minha avó, há uns seis anos atrás, eu acho, em SãoPaulo, e que eu não fui ver, nem me lembro por que, já que eu estava em São Paulo. Enfim. Baixei o filme num site de compartilhamento cultural, coisa que também estava adiando para aprender a fazer, e, de repente saí baixando vários filmes de uma vez só. Mas, como já estou protelando a explicação de porque protelar as coisas, vou tentar voltar ao ponto, mas, antes, tenho que fazer outras coisinhas proteladas...
Mas antes ainda, só mais um pouquinho, isso é importante, tenho que desabafar sobre minha indignação em quase nunca conseguir que não me deem a segunda via do comprovante do visa eletron, hoje mesmo na padaria, paguei com o cartão de débito um leite e dois paezinhos, antes que eu conseguisse dizer "não precisa da segunda via" a mulher já tinha apertado o verde e saiu o papel azul. Agora eu pergunto: Pra que eu quero esse papel?! A moça vai já vai me dar também a notinha fiscal, eu recebo pelo correio e pelo email os gastos que fiz com o cartão... Está escrito ali na máquininha: "IMPRIMIR SEGUNDA VIA?". NÃO, eu não quero esse papel - que deve ter apenas mais ou menos 10 centimetros, mas que imaginem o dia inteiro esses papeizinhos na padaria, no posto de gasolina, na farmácia, no supermercado... Todo mundo pega esse papelzinho azul, as vezes amarelo ou ainda branco, e, JOGA FORA, se for somar são metros, kilometros, de papelzinho sendo impressos à toa. É uma coisa pequena, né, eu sei, mas é igual ao drama da sacolinha de plástico. Dizem que são de pequenos atos que começa a transformação. Mas como é difícil, quase a gente tem que pular no pescoço do vendedor para que ele não imprima a segunda via, ou para que não saia ensacando tudo dentro de três sacolas de plástico, e, depois, "como não sentir culpa"?
E olha que nem estou de TPM, juro!
Deu.

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