A Capoeira Angola, que já me fez tão bem, fisicamente, espiritualmente... Já não pratico há algum tempo... A saudade aperta quando recebo por email de lista de discussões das angoleiras coisas como essas pedindo um retorno crítico:
Vale a leitura, a capoeira é um patrimônio imaterial, e, sobretudo, todos os brasileiros tem muito o que saber e saborear dela.
Tô voltando, camará, já está na minha lista de retomada urgente, meu corpo pede, minha alma clama... O problema é a distância, o tempo... E um mestre com quem eu me sinta à vontade. Pena a mestre Janja estar em salvador, ela é demais! Até participou da minha banca no mestrado em Ciência da Arte.
Assim que as voltas que o mundo dá me colocar mais próxima às rodas de angola... Eu chego lá!
terça-feira, 29 de julho de 2008
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Tá tudo errado
Marido está no passado, ido.
Esposo deveria ser só depois de separar
(como bem observou nosso padrinho-poeta)
se é ex, não pode ser de agora. O certo mesmo seria poso e posa...
Está decidido, se alguém me perguntar digo enchendo aboca: -
Ele é meu poso, meu pouso seguro.
E pros dias mais quentes posso dizer que tenho um
Esposo deveria ser só depois de separar
(como bem observou nosso padrinho-poeta)
se é ex, não pode ser de agora. O certo mesmo seria poso e posa...
Está decidido, se alguém me perguntar digo enchendo aboca: -
Ele é meu poso, meu pouso seguro.
E pros dias mais quentes posso dizer que tenho um
mar só meu, mar-arado, marzão, meu marado amado! Amorzão!
É o caso de casar...
Pois é, e olha que eu vou mesmo, dia 2 de agosto, já está marcada a data. Mesmo sendo (dizem) mês de cachorro loco, prefiro pensar que é o mês dos leoninos, orgulhosos como só eles, e assim, vou poder dizer que minha união tem sol em leão, de jubona linda, brilhando contra luz dourada.
haha, logo eu, euzinha que achava o máximo ter pais "juntados", que bobeira isso de por os nomes no papel, burocracia que complica a vida; bom, de certa forma continuo achando isso. Acho que importante mesmo é compartilhar o dia-a-dia, apoiar-se mutuamente, entrar em sintonia verdadeira, aí sim, pode-se encher a boca e dizer que existe de fato um Casamento...
Mas o fato é que a burocracia revelou-se necessária neste caso e está decidido, não se fala mais nisso. Mas, claro que aquele sonho de "toda mulher" de entrar na igreja de véu e grinalda e aquele trololó todo não vai acontecer mesmo, primeiro, porque nunca foi esse meu sonho, nem de longe. Antes casar em baixo d'água, ou pulando de pára-quedas, isso sim é mais a minha cara, porém não é a da minha outra metade, que prefere algo talvez numa sala de cinema... OK, deixaremos a festa pra setembro, com direito a um filme feito em conjunto, e está de bom tamanho, vai até ter bolo (inspirado pela amiga de blog que me passou a receita, bolo de casamento pernambucano).
Lua de mel? Rápida, quase uma desculpa pra sair um pouquinho sem as crianças, pra qualquer lugar onde o mar chegue quentinho nesta época de frio.
E pra terminar o caso, vamos falar do mar, palavra contida no meu futuro porém em forma de passado... Que complicado. Alguém já pensou nisso? É a palavra "marido", que feia essa palavra, não me acostumo com ela desde já... é o seu marido? não é não, é meu mar, meu marzão, meu maronado (que deixou de ser namorado e virou maronado), nunca um mar que já foi, um mar ido... Isso não. Me aborrecem essas convenções.
Não entendo também essa gente que vai casar no cartório de Tremembé, e vai cheia de pompa, de roupa de gala, e toma foto pra cá e foto pra lá. Gente, o cartório é a coisa mais feia que eu já vi. O, vai tirar umas fotos num lugar bonito, vai ali até a praça pelo menos, depois escreve lá no radapé da foto "dia do casamento" ou qualquer coisa. Não entendo mesmo, não tem jeito.
Pior: casamento tradicional, gasta-se uma fortuna e tudo para quê? Para os fotógrafos ora, desde muito que observo isso, os fotógrafos roubam a cena no casamento. Quem entra antes da noiva? O fotográfo e um assistente com flashs, lentes, tripés, um horror, e depois, na festa eles ficam pedindo para os noivos posarem, cruzem as taças, beija, sorri pra camera, foto com a sogra, foto com não sei mais quem, Ninguém se aproxima sem a permissão do fotografo, joga o buquê. . É tudo falso, não foi espontâneo, foi posado! E aí fica aquele álbum de recordação pro resto da vida de momentos posados. Ai-ai... Fotógrafo mesmo pra mim é aquele que ninguém nota a presença, que vira uma mosquinha e deixa todo mundo a vontade, e aí, quando as fotos ficam prontas, aí sim a gente recorda daqueles momentos genuínos de alegria, de embaraço, de loucura, de paixão... verdadeiros flagras.
Já tive também a idéia de fazer um álbum de casamento de fotos propositalmente posadas em diversas situações diferentes, assim, por exemplo, sempre que for viajar com meu marado (deixa assim), levariamos junto nosso kit-casório, ou seja, uma grinalda, uma blusinha branca rendada e ele uma gravata, um blaiser... aí a gente tiraria foto em tudo que é lugar legal e ia montando nosso álbum: olha aqui que a gente casou em Fernando de Noronha, aqui em Barcelona, aqui na Chapada dos Veadeiros, aqui em Ubatuba... Enfim, no final do album podia ser uma foto no circo com um beijo de nariz de palhaço. Háhaha.
É isso, a gente não é convencional mesmo e gosta de se divertir. Mas longe de não sermos romanticos viu. Se depender da nossa vontade e espírito poético vamos mesmo renovar essa união em toda e qualquer oportunidade, seja com ou sem kit casório, aliás, isso tudo (álbum, roupa, foto, canetas, papéis, copos, flores, anéis...) são acessórios e são mais para os outros do que pra gente mesmo, o que vale é assim, pertinho e sem nada, a ponto de só se ver um olho onde existem dois, a ponto dos cheiros se misturarem e virarem um só aroma, a ponto do tempo passar e só deixar marcas verdadeiramente reais. Afinal, somos o que?
- A sua benção, Jatobá!
haha, logo eu, euzinha que achava o máximo ter pais "juntados", que bobeira isso de por os nomes no papel, burocracia que complica a vida; bom, de certa forma continuo achando isso. Acho que importante mesmo é compartilhar o dia-a-dia, apoiar-se mutuamente, entrar em sintonia verdadeira, aí sim, pode-se encher a boca e dizer que existe de fato um Casamento...
Mas o fato é que a burocracia revelou-se necessária neste caso e está decidido, não se fala mais nisso. Mas, claro que aquele sonho de "toda mulher" de entrar na igreja de véu e grinalda e aquele trololó todo não vai acontecer mesmo, primeiro, porque nunca foi esse meu sonho, nem de longe. Antes casar em baixo d'água, ou pulando de pára-quedas, isso sim é mais a minha cara, porém não é a da minha outra metade, que prefere algo talvez numa sala de cinema... OK, deixaremos a festa pra setembro, com direito a um filme feito em conjunto, e está de bom tamanho, vai até ter bolo (inspirado pela amiga de blog que me passou a receita, bolo de casamento pernambucano).
Lua de mel? Rápida, quase uma desculpa pra sair um pouquinho sem as crianças, pra qualquer lugar onde o mar chegue quentinho nesta época de frio.
E pra terminar o caso, vamos falar do mar, palavra contida no meu futuro porém em forma de passado... Que complicado. Alguém já pensou nisso? É a palavra "marido", que feia essa palavra, não me acostumo com ela desde já... é o seu marido? não é não, é meu mar, meu marzão, meu maronado (que deixou de ser namorado e virou maronado), nunca um mar que já foi, um mar ido... Isso não. Me aborrecem essas convenções.
Não entendo também essa gente que vai casar no cartório de Tremembé, e vai cheia de pompa, de roupa de gala, e toma foto pra cá e foto pra lá. Gente, o cartório é a coisa mais feia que eu já vi. O, vai tirar umas fotos num lugar bonito, vai ali até a praça pelo menos, depois escreve lá no radapé da foto "dia do casamento" ou qualquer coisa. Não entendo mesmo, não tem jeito.
Pior: casamento tradicional, gasta-se uma fortuna e tudo para quê? Para os fotógrafos ora, desde muito que observo isso, os fotógrafos roubam a cena no casamento. Quem entra antes da noiva? O fotográfo e um assistente com flashs, lentes, tripés, um horror, e depois, na festa eles ficam pedindo para os noivos posarem, cruzem as taças, beija, sorri pra camera, foto com a sogra, foto com não sei mais quem, Ninguém se aproxima sem a permissão do fotografo, joga o buquê. . É tudo falso, não foi espontâneo, foi posado! E aí fica aquele álbum de recordação pro resto da vida de momentos posados. Ai-ai... Fotógrafo mesmo pra mim é aquele que ninguém nota a presença, que vira uma mosquinha e deixa todo mundo a vontade, e aí, quando as fotos ficam prontas, aí sim a gente recorda daqueles momentos genuínos de alegria, de embaraço, de loucura, de paixão... verdadeiros flagras.
Já tive também a idéia de fazer um álbum de casamento de fotos propositalmente posadas em diversas situações diferentes, assim, por exemplo, sempre que for viajar com meu marado (deixa assim), levariamos junto nosso kit-casório, ou seja, uma grinalda, uma blusinha branca rendada e ele uma gravata, um blaiser... aí a gente tiraria foto em tudo que é lugar legal e ia montando nosso álbum: olha aqui que a gente casou em Fernando de Noronha, aqui em Barcelona, aqui na Chapada dos Veadeiros, aqui em Ubatuba... Enfim, no final do album podia ser uma foto no circo com um beijo de nariz de palhaço. Háhaha.
É isso, a gente não é convencional mesmo e gosta de se divertir. Mas longe de não sermos romanticos viu. Se depender da nossa vontade e espírito poético vamos mesmo renovar essa união em toda e qualquer oportunidade, seja com ou sem kit casório, aliás, isso tudo (álbum, roupa, foto, canetas, papéis, copos, flores, anéis...) são acessórios e são mais para os outros do que pra gente mesmo, o que vale é assim, pertinho e sem nada, a ponto de só se ver um olho onde existem dois, a ponto dos cheiros se misturarem e virarem um só aroma, a ponto do tempo passar e só deixar marcas verdadeiramente reais. Afinal, somos o que?
- A sua benção, Jatobá!
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