Sessé, eu, Vevê (filhota) e Bel (sobrinha do Sé)
Nosso grito de guerra: - PÉDAGUÁ!
" É interessante observar o modo como cada um vê a velhice.O pensador oriental Lao-Tsé, entendia a velhice como um momento supremo de alcance espiritual máximo. (...) Platão, dizia que sendo o ser humano prudente, a velhice não constitui nenhum peso e que com a chegada da velhice surge no ser humano um sentimento de paz e libertação.
O romano Cícero, em sua obra De Senectude, diz que os idosos substituem os prazeres corporais pelos prazeres intelectuais.(...)
Tem-se a impressão, porém, que todos eles procuram encontrar uma maneira aceitável para dizer que a velhice, quer seja dita de uma forma muito simples ou de forma primorosa, é a porta de saída que conduz para o desconhecido. É absolutamente natural temermos o que não conhecemos, principalmente quando sabemos que é, humanamente, impossível ao chegarmos ao final da vida observar que não gostamos dessa parte e então fazer o caminho de volta. É exatamente aí que entra a inquietação. E é exatamente aí que precisamos acreditar que ali, na porta de saída, estará Deus esperando por nós para nos conduzir a uma nova porta de entrada. (...)
Existe em mim algo que não me pertence, existe em mim algo que me faz ver que o que não me pertence, é o estar aqui para sempre, mas para estar aqui, por um tempo, eu preciso desse algo, e que por mais que eu viva muitos e muitos anos, chegará o momento de fazer a entrega do que não é meu. Serenamente, como quando aqui cheguei, pois não temi a vida, devo ultrapassar essa porta de saída. De saída? Será? Não será uma porta de entrada? Sim, creio que é. Se creio dessa forma, então não existe uma porta de saída, mas uma porta de entrada. Entrada para um lugar onde não estarei sozinha. Com certeza, não uma certeza proveniente apenas da minha razão, mas uma certeza advinda de dentro da minha alma, que faz com que eu olhe e veja com os olhos da fé, após essa entrada, eu serei novamente, eu existirei novamente nessa Nova terra."
Um parenteses: A verdade é que sempre me soaram meio piegas esses textos sobre fé, justamente por terem poucas doses de razão. Mas também é verdade que as declarações de amor geralmente soam assim para quem não as estão vivendo... Acho que a diferença está em estar ou nãovivendo a experiência do amor, que essa na real nem de longe é piegas. fecha parenteses.
Acho que foi meio isso o que aconteceu comigo naquela noite, uma experiência TRANSPESSOAL...
O que, aliás, foi providencial nesse post justamente para encaixar a foto da luz que entrou pela porta da frente da minha casa numa dessas tardes inspiradoras. Imagem reveladora, não? (E eu preocupada em não ter um texto para ela... Imagine.)
(As outras fotos desta tarde estou colocando lá no encantoar).